quarta-feira, 31 de agosto de 2011

No balé das floras


Chegaste com a delicadeza de uma rosa
Feito gota de orvalho em terra fria
No encanto do olhar... versos e prosas
Inspirando, na canção, a melodia.

Chegaste... e o híbrido dominante daquele jardim
Rende-se ao fascínio, por tamanha ternura
Enquanto os lírios, exuberantes, louvam a ti
E no jeito frugal... suavidade, carícia, doçura.

Ao passo que a cor gris do torilo da rosa branca,
Abandona o seu desolamento tornando-se flor
O meu coração de pedra, em seu leito abranda
Para render-se, ao inusitado delírio do amor.

Chegaste... e que seja sempiterno esse amor que nutre
Embora transitório, efêmero, visto que é chama
Mas se petrifique a cada fração de segundos que dure
Eternizando-se nos mais sublimes gestos de quem ama.

E, hei de te amar, infinitamente, até o ultimo suspiro
Que este, seja por minha morte (tormento de quem vive)
Que não seja pela falta de amor (prenúncio de quem ama).

E se cair no caos da rotina, ou na exiguidade do amor
Em névoas langorosas, possa encontrar-se a sutil razão
Que rege a melodia do nosso amor, a uma nova canção.

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