terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Nas Trilhas da Estação do Amor



Transcendendo os anseios da natureza
Próximo ao limite da utopia humana
Por mais incrédulo que um cético seja
Não pode negar a existência do amor
Se num dado momento, o tempo também ama.


E neste instante a alma floresce
Nos versos de um poema que o poeta declama
As orquídeas, nos campos, o vento aquece
Soprando as pétalas que exalam perfume
Trazendo esperança ao coração de quem ama.


Na aurora rutilante as flores desabrocham
Na limpidez do lírio a exuberância das rosas
É o tempo anunciando em versos e prosas
Que é tempo de amar, desejo de quem vive
E na fragrância, das flores, o sentimento aflora.


Quando se entende a linguagem das flores
Compreende o amor como a essência da vida
Que a primavera, estação dos amores
Terce amiúde o destino dos amantes
Virtude de quem se entrega a chama da vida.


Enquanto o sol ilumina o balé das flores
O lago alimenta toda sua existência.
Já nas lembranças de um casal apaixonado
Mora a quimera de uma paisagem serena
Esculpida nas trilhas, de um jardim, em Atenas.

                                                   Carlos Sombra

Editado pela Revista Cultura.