segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ilha de anelos


Plenilúnio no alto da montanha, cercada de rosas
Em meio à névoa diáfana, a volúpia ardente...
A fragrância das flores transcende, tornando-se prosas
Campinas em jardins floridos e dor em sonhos pungentes.

Segrego pra lua meus anelos que emergem do âmago
Aonde o mais notável violoncelista não consegue alcançar
A nota musical que ao meu coração acalenta, trazendo afago
E soa a canção que faz a melodia do amor desabrochar.

Na manhã a aurora renasce plenamente sobre o monte
E no choro de um violoncelo que clama por amor
A margem do rio, com o sol intenso surgindo no horizonte
Provocando utopia, a imaginação de um recôndito sonhador.

Foge-me a liberdade com a revoada dos pássaros
Como um tresloucado notívago ariscando-se sem pudor
E este andarilho tem a solidão companheira de seus passos
Viajante incansável do tempo na eminência de seu amor.

E quando a realidade emergir e o sentimento aflorar...
As almas irão render-se a paixão como o orvalho e a flor
Quem irá insurgir-se para erguer o véu de Maya?
Mergulhar nas nuvens do infinito ao encontro de seu amor!

E como perfume que emana da essência das flores
O niilismo dará lugar à certeza consorte do nosso porvir
Já os amantes, render-se-ão ao fascínio mundo dos amores.

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